
Dieta e o cancro colorretal: o que nos diz um estudo do Reino Unido com meio milhão de participantes

Tive a oportunidade de participar numa reportagem especial da SIC sobre a alimentação vegetariana em Portugal.
Nesta reportagem falou-se principalmente sobre as questões ambientais e éticas relacionadas com a alimentação vegetariana. Embora muito mais houvesse a dizer, achei que o resultado final ficou muito interessante.
Partilho aqui convosco a reportagem, caso não tenham visto: Link
Podem ver aqui a reportagem.
A soja é um dos alimentos com mais mitos à sua volta, sendo o seu consumo, principalmente os malefícios que lhe são apontados, um dos temas mais controversos do mundo da alimentação. A soja é uma leguminosa, assim como o feijão e o grão-de-bico, e possui algumas particularidades que explicam os seus benefícios e a maioria dos mitos associados à sua ingestão. Este alimento é originário da China e do Japão, mas desde há muitas décadas que é utilizando também no mundo ocidental.
Para algumas pessoas, o consumo de soja está quase automaticamente ligado à dieta vegetariana. Isto deve-se ao facto das alternativas vegetarianas ao leite, à carne e seus sucedâneos (salsichas, hambúrgueres, etc.) serem muitas vezes feitos à base de soja. No entanto, o consumo de produtos à base de soja não é essencial neste padrão alimentar e, na verdade, talvez não sejam propriamente os vegetarianos os maiores consumidores de soja, como mais à frente neste artigo vamos poder perceber.
Irei começar por expor as dúvidas e os mitos mais comuns e qual a evidência científica que existe sobre cada um deles. Estas dúvidas foram-me enviadas por vocês (pelo instagram e também pelo email) e espero que de alguma forma vos esclareçam.
A 21 de janeiro foi publicado o mais recente guia alimentar do Canadá. Este novo guia tem o mote: “Coma bem. Viva Bem.” e pode ser consultado aqui.
O novo guia alimentar vem substituir o anterior, de 2007 (disponível aqui), que incluía quatro grupos de alimentos (fruta e hortícolas; cereais; laticínios e alternativas; e carne e alternativas) e as respetivas porções. Comparando com o guia que agora se apresenta, as principais alterações foram a remoção dos lácteos como grupo alimentar e a promoção dos alimentos de origem vegetal como fonte de proteína. A recomendação do sumo de fruta 100% como alternativa à porção de fruta também desapareceu.