Valerá a pena ingerir alimentos fortificados?

Depois do artigo sobre a necessidade de suplementação e o equilíbrio nutricional numa dieta vegetariana (link), hoje venho falar-vos sobre os alimentos fortificados.

O que são alimentos fortificados?

Para quem não está familiarizado com este termo, alimentos fortificados são alimentos aos quais foram adicionados um ou mais nutrientes, nomeadamente vitaminas, minerais e oligoelementos. Por vezes esta fortificação é feita com um simples interesse comercial (ex. adicionar vitamina D a um creme vegetal), outras vezes é por motivos de saúde pública (temos como exemplo o sal iodado).

Exemplos de alimentos ou produtos alimentares fortificados:

  • Bebida vegetal e iogurte vegetal fortificados com cálcio, vitaminas B12 e D;
  • Creme vegetal fortificado com vitamina D;
  • Levedura nutricional fortificada com vitaminas do complexo B e zinco;
  • Cereais de pequeno-almoço fortificados com várias vitaminas, minerais e oligoelementos.

É importante esclarecer desde já que um alimento fortificado não será necessariamente um alimento mais saudável – muitas vezes estes alimentos contêm açúcar e vários aditivos adicionados. Isto é perfeitamente visível p.ex. nas bebidas vegetais e nos cereais de pequeno-almoço. Qual é o segredo? Ler a lista de ingredientes. É verdade, é clichê, mas se lermos a lista de ingredientes vamos ser capazes de encontrar alimentos fortificados com uma boa composição nutricional e sem açúcares adicionados. Mais à frente irei dar alguns exemplos.

Ora, então para que servem os alimentos fortificados?

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“Se é preciso tomar suplementos, então a dieta vegetariana não é adequada”

À medida em que a alimentação humana vai evoluindo e as dietas vegetarianas vão ganhando cada vez mais adeptos, mais se vai sabendo sobre a sua adequação, os seus benefícios e riscos. Ainda assim, muitos mitos e ideias pré-concebidas vão-se perpetuando ao longo do tempo, alguns dos quais já procurei esclarecer no meu ebook.

Há dias uma seguidora enviou-me uma mensagem que dizia “não me faz sentido que uma dieta que se diz equilibrada, precise de suplementação. O que acha desta questão?”

Compreendo perfeitamente esta dúvida que, em boa verdade, já várias vezes me foi colocada. No caso, penso que a seguidora quereria perguntar em relação ao facto da dieta ser completa/suficiente e não equilibrada, já que são características diferentes.

Para que eu vos consiga responder adequadamente, preciso de explicar primeiro alguns pontos importantes:

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Importância de uma alimentação vegetariana bem planeada

No dia em que se celebrava o Dia Mundial do Veganismo, a 1 de Novembro, o Jornal Notícias, na Revista Magazine, publicou um artigo com a designação “Os riscos da dieta vegan para as crianças”. No seu seguimento, gostaríamos de esclarecer os seguintes pontos:

Consideramos que a importância de um planeamento alimentar é transversal a qualquer estilo de alimentação e deve ser tida em conta por todos os pais ou tutores de uma criança, independentemente da educação alimentar pela qual optam.

Todos os padrões alimentares estão sujeitos à possibilidade de existirem défices nutricionais, pelo que todos devem ser cuidadosamente planeados. Casos de desnutrição infantil não são exclusivos de famílias veganas, e é a inexistência de planeamento e orientação que coloca a saúde das crianças em risco, independentemente do estilo alimentar. É por isso importante que os profissionais de saúde e os cuidadores estejam informados sobre os cuidados a ter e como garantir um aporte nutricional adequado.

Assim, quem opta por um regime alimentar vegetariano devem ter em consideração o seguinte:

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A refeição vegetariana

Fonte: Slywitch, Eric – Alimentação sem carne. 2ª edição. São Paulo: Editora Alaúde, 2015.

A 16 de outubro celebra-se o Dia Mundial da Alimentação e é cada vez mais evidente o crescente número de pessoas que têm uma alimentação vegetariana. Outras há que, mesmo não sendo vegetarianas, optam por incluir ocasionalmente este tipo de refeições.

A par com o crescente número de pessoas com uma alimentação vegetariana, vão crescendo também as evidências da adequação e benefícios associados a este padrão alimentar.

Hoje sabemos que a alimentação vegetariana, quando bem planeada, é saudável e nutricionalmente adequada para todas as fases do ciclo de vida, incluindo a gravidez, lactação, infância, adolescência, em idosos e em atletas.

Sabemos também que este padrão alimentar pode providenciar benefícios na prevenção e tratamento de certas doenças, como doenças cardiovasculares, cancro, obesidade, diabetes e hipertensão.

Daí, decidi criar e partilhar este pequeno referencial da refeição vegetariana, para que todos saibam como ter uma refeição saudável, adequada e saciante. Esta refeição deverá conter três grupos de alimentos:

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